sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Maria...

Lá estava Maria, olhando o mar. Seus cabelos negros, como caracois, longos e soltos espalhavam seu cheiro doce por toda a praia. Seu rosto firme e delicado, apagava a beleza do lugar ao seu redor. Os olhos apertados e dourados como os raios do sol que contrasteavam sua pele veludosa, branca como a neve.
Sua concentração ao detalhar as ondas era tanta que eu podia senti-la prender a respiração a cada nova ondulação que aparecia. Seu coração de passarinho acelerava e a ponta de seus dedos suava.
-Maria... - A voz grave interrompeu a distração de Maria, e a minha.

Final 1:
Romantico.
Maria olhou, procurando de onde saia a voz grave que a chamara. Percorrendo coisas minusculas com os olhos, sua expressão firme se transformou num rostinho de menina frágil. Procurei motivos para tal transformação.
- Miguel! Oh, querido, já estava a sua espera. Não tinha mais esperanças de te ver. Miguel, meu amor, jamais me deixe!
E os dois se abraçaram, ela se sentia envolvida, como uma borboleta num casulo, nada no mundo importava mais.

Final 2:
Trágico!
Maria perdeu o foco de seu olhar dourado, suas pernas pareciam flutuar para o mar e seu corpo se movia num ritmo só. Como se a brisa a levasse para a água. Maria atendia seu chamado. A água começou a puxa-la, eu podia ver sua silhueta, o sol ainda era forte e o mar cintilava. Rapidamente Maria, de uma forte e bruta mulher, passou a ser um ponto, cada vez mais longe e mais perdido.
Vaya con Dios, Maria...


Final 3:
Estou-com-sono-e-não-sei-mais-o-que-escrever.
-Maria... Abre la ventana... 
E o rádio do pequeno chalé continuou sua trilha sonora, até o sol se esconder e o brilho de Maria se apagar.

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